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Bom Dia Brasil
Data: 26 de abril de 2006
Doença silenciosa
Cuidado com o estresse, cuidado com o coração: no Dia Nacional de
Combate à Hipertensão, os médicos alertam para o risco de um inimigo
silencioso que ameaça 30 milhões de brasileiros.
A Sociedade Brasileira de
Cardiologia começa a distribuir hoje cartilhas sobre os perigos da
hipertensão. No dia nacional de prevenção da doença, os médicos alertam
para o risco de um inimigo silencioso que ameaça 30 milhões de
brasileiros.
A hipertensão é a principal responsável pelos derrames e infartos, as
duas doenças que mais matam no país. O manual, que está sendo
distribuído a partir de hoje, fala sobre novos medicamentos e os
tratamentos mais eficiente para pressão alta.
A maior novidade divulgada pelos especialistas está ligada à forma de
identificar o problema. Estima-se que no Brasil cerca de 20% dos
pacientes que tiveram diagnóstico de hipertensão confirmado, na verdade,
não têm a doença.
“Há uma tensão, uma reação de alarme. A pessoa, muitas vezes, fica
ansiosa e tensa na presença do médico. É a chamada hipertensão do jaleco
branco. Então, nessa nova orientação, devemos aferir a pressão no
consultório, no trabalho e em casa. Assim, temos uma informação antes de
taxarmos o indivíduo como hipertenso”, explica o cardiologista Marcus
Bolívar.
Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, 30 milhões de pessoas no
país são hipertensas - a maioria, idosos. A aposentada Eneida Aguiar
recebeu o diagnóstico há 18 anos e nunca sofreu complicações. Ela fez a
parte dela: tomou os remédios rigorosamente no horário e foge dos
exageros na dieta.
“A gente sabe que, por dentro, a máquina da gente vai enferrujando. Por
isso, tem que cuidar. E eu me cuido mesmo, religiosamente”, garante a
aposentada.
Mas os médicos alertam: a prevenção ainda é a principal arma contra esta
doença que age silenciosamente. “O hipertenso que não trata a pressão
arterial ou que deixa de tratar a pressão tem sua expectativa de vida
reduzida em até 16 anos e meio”, alerta o cardiologista Marcus Bolívar.
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