Daniel Ferreira
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A título de exemplo referenciamos o dispositivo Scanadu Scout®. Trata‑se
dum
scanner
sob a forma dum disco com cerca de 5cm de diâmetro e 1 cm de
espessura, equipado com vários sensores incluindo uma luz que, quando encos-
tada a uma região do corpo (pulso ou região frontal), analisa, por electrocardio-
grafia e por pletismosgrafia, vários parâmetros em simultâneo incluindo tempe-
ratura corporal, frequência cardíaca, pressão arterial e saturação de oxigénio.
Todos estes parâmetros são transmitidos sem fios para um aplicativo para
smar‑
tphones
onde podem ser consultados e, eventualmente, enviados para o médico
do doente. Este equipamento está já a ser utilizado em vários ensaios clínicos
com vista a uma próxima certificação pela FDA e outras entidades reguladoras.
É previsível que nos próximos anos muitos outros dispositivos multiparamé-
tricos venham a ser desenhados, desenvolvidos e testados com vista à sua futura
utilização em doentes ambulatórios e que alguns deles venham a ser adotados
pelos programas de RC extra‑hospitalares.
Aplicativos móveis
Se é muito elevado o número de dispositivos móveis usados em cardiologia
em geral e na reabilitação cardíaca em particular, é muitas vezes maior o número
de aplicativos para
smartphones
e
tablets
usados para monitorização de vários
parâmetros fisiológicos ou para promoção da saúde e educação de doentes ou
indivíduos saudáveis
29,30
.
A grande maioria dos dispositivos móveis acima referenciados têm os seus
próprios aplicativos para
smartphones
que permitem a comunicação com os res-
petivos dispositivos, o armazenamento dos dados por eles recolhidos e sua aná-
lise sob a forma de tabelas ou gráficos de tendências. Registos de parâmetros
como o peso corporal, temperatura, frequência cardíaca, pressão arterial, ativi-
dade física (passos dados, distâncias percorridas, tempo do dia na posição de pé
ou sentado), saturação de oxigénio e outros parâmetros de função respiratória
ou parâmetros analíticos como a glicemia e os níveis de INR, só para mencionar
os mais utilizados, são hoje armazenados nos telemóveis inteligentes dos doentes
ou saudáveis e partilhados com os seus médicos.
É hoje também perfeitamente possível o envio para o telemóvel dos doentes
de materiais educacionais de promoção de hábitos de vida saudáveis, de lem-
