Dispositivos e aplicativos móveis para apoio à reabilitação cardíaca
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Dispositivos móveis
A progressiva popularidade da prática regular de atividade física e do auto-
controlo dos progressos no desempenho físico individual, aliada à miniaturiza-
ção dos dispositivos e ao desenvolvimento de comunicações sem fios através
de tecnologias de baixo consumo energético (ex:
bluetooth
de baixa energia)
levaram ao desenvolvimento e posterior comercialização/disseminação de inú-
meros dispositivos externos, que recolhem variados parâmetros fisiológicos e
de atividade física e que comunicam os respetivos dados para plataformas digi-
tais (cada vez mais para dispositivos móveis de grande penetração como os
smartphones
) onde podem ser analisados (sob a forma de tabelas ou gráficos de
tendências) pelos utilizadores e/ou exportados para análise,
online
ou diferida,
pelos cuidadores e, eventualmente, integrados nos registos médicos eletrónicos
dos doentes.
Estas funcionalidades despertaram natural interesse dos profissionais de
saúde, no sentido de poderem utilizar os dados recolhidos por estes dispositivos
médicos e os integrarem na análise do estado de saúde e do desempenho físico
dos doentes ambulatórios. Por outro lado, a acessibilidade a estes dados e fun-
cionalidades permitiu o desenvolvimento de programas de exercício externos
aos hospitais/clínicas (baseados no domícilio ou fora deste). A reabilitação em
geral, e a reabilitação cardíaca em particular, constitui‑se como uma das valências
médicas que maior partido pode retirar do recurso a estas tecnologias móveis.
O papel dos
smartphones
Da análise dos dados publicados já este ano pela ANACOM e relativos ao
estado das comunicações em Portugal no final de 2014, podemos retirar alguns
elementos curiosos. Existiam em Portugal 124,9 estações móveis ativas e com uti-
lização efetiva (telemóveis e placas de banda larga) por cada 100 habitantes, ainda
assim ligeiramente abaixo da média europeia (134 por cada 100 habitantes). Caso
se excluíssem as placas/modem de acesso à Internet e as estações móveis afetas
ao serviço
machine‑to‑machine
(M2M), a taxa de penetração em Portugal seria de
114,1 por 100 habitantes. O número de clientes com mais do que um cartão ativo
atingiu cerca de 15,5 por cento dos clientes em 2014
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