Tales de Carvalho, Sabrina Weiss Sties, Ana Inês Gonzáles, Gabriela Dutra de Carvalho
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O diagnóstico da DE pode ser realizado por meio da monitorização da ere-
ção noturna, Doppler peniano, cavernossonografia, arteriografia pélvica, pesquisa
do reflexo bulbocavernoso, estudos endocrinológicos, psicodiagnóstico, etc.,
reportório variado, que revela a sua complexidade
21
.
Na maioria dos estudos científicos destaca‑se a técnica de auto‑relato dos
doentes, que tem sido usada para diagnosticar e classificar a DE. Vários instru-
mentos de avaliação multidimensional têm sido propostos para a avaliação da DS,
sendo
o Índice Internacional de Função Erétil – IIFE
22
, validado em 33 países inclusive
no Brasil
21
, o mais utilizado nas pesquisas científicas. O IIEF, um questionário curto
e reprodutível para avaliação da função erétil, é composto por 15 questões agru-
padas em cinco domínios: função erétil, função orgásmica, desejo sexual, satisfação
sexual e satisfação geral. Convém realçar que a avaliação subjetiva por meio de
questionários, frequentemente a única avaliação nos estudos científicos, não deve
ser adotada como única forma diagnóstica, quando se trata da avaliação clínica
individual. Dos instrumentos utilizados para a avaliação da função sexual feminina,
destaca‑se o Índice de Função Sexual Feminino‑IFSF, um instrumento comprova-
damente eficaz e que respeita a natureza multidimensional da função sexual
23
.
No tratamento da DS, em particular da DE, têm-se destacado os inibidores
da fosfodiesterase tipo 5 (PDE‑5), como o sildenafil, vardenafil e tadalafil, que são
contraindicados nos doentes que utilizam nitratos, por potencializarem o seu
efeito vasodilatador e hipotensor. Além disso, o vardenafil não é recomendado
para doentes que utilizam antiarrítmicos do tipo 1A (como quinidina ou procaina-
mida) e do tipo 3 (como sotalol ou amiodarona)
24
.
Nas mulheres merecem destaque os estrogénios, que têm sido utilizados
em larga escala no período após a menopausa, por exercerem efeito sobre o
trofismo vaginal, aliviarem os quadros de dispareunia e apresentarem efeito posi-
tivo sobre o líbido. Adicionalmente, a testosterona tem sido usada por contribuir
para a motivação sexual, desejo e excitação, favorecendo as fantasias sexuais das
mulheres que não respondem ao estrogénio isolado
25
.
Efeitos do exercício físico que beneficiam a função sexual
Os efeitos cardiovasculares e metabólicos do exercício físico beneficiam
sobremaneira a função sexual de homens e mulheres. Afinal, a função sexual é