Prevenção e Reabilitação Cardiovascular - page 205

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Particularidades da prescrição do exercício em condições específicas das DCV
movimentos de grande amplitude da parte superior do tronco. Dessa
forma, podem ser minimizados os riscos de deslocação indevida dos
equipamentos e/ou cabos e facilitada a cicatrização e ainda obtida uma
melhor consolidação do esterno após toracotomia. Regiões manuseadas
para obtenção de material para enxertos venosos ou arteriais devem
ser também observadas com atenção e, se necessário for, adotados cui-
dados especiais em relação ao exercício físico. Em linhas gerais, é muito
difícil precisar o período de tempo em que esses exercícios deverão ser
evitados, devendo haver, idealmente, uma interação entre o profissional
que realizou o ato cirúrgico e o responsável pelo PRC, para que ambos,
levando em conta a individualidade do doente, possam definir limites e
prazos mais específicos. Deve‑se realçar que a introdução dos exercícios
de flexibilidade e de fortalecimento muscular deve ser especialmente gra-
dual nesses doentes.
2. Doentes com alterações neurológicas decorrentes de acidentes vascu-
lares cerebrais requerem atenções especiais nos aspetos de equilíbrio e
de coordenação motora, que deverão ser enfatizados dentro do planea-
mento das sessões de exercício. Outro aspeto muito relevante refere‑se
ao gasto energético desses doentes para atividades motoras, tais como
caminhar e/ou pedalar, que tende a ser mais alto do que o estimado,
sendo assim necessário, levar isso em consideração para adequar veloci-
dades e/ou cargas de modo a obter um treino seguro e eficaz.
3. Nos doentes cujas condições clínicas tenham como características uma
maior probabilidade de arritmias supraventriculares e ventriculares fre-
quentes ou complexas, a disponibilidade de monitorização contínua ou
pelo menos intermitente de eletrocardiograma de uma derivação, seja
por cabos ou de forma remota, é provavelmente recomendada. É ainda
muito conveniente, obter um curto traçado de ritmo antes de iniciar a
sessão de exercício nesses doentes.
4. Nos doentes cujas condições clínicas tendem a gerar prejuízo do incre-
mento fisiológico do inotropismo/lusitropismo cardíaco com o exercício
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