Treino de força muscular no doente cardíaco
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capacidades neuromusculares a desenvolver (equilíbrio, agilidade, coordenação,
entre outras). Por exemplo, as superfícies instáveis ou o TRX poderão ser úteis
se quisermos privilegiar o treino sensório‑motor para melhoria da qualidade
postural e do equilíbrio.
Outras indicações mais específicas incluem: aprender e praticar a técnica
correta de cada movimento nas várias estações; exercitar os grandes grupos
musculares antes dos mais pequenos; respirar normalmente sem suster a res-
piração ou expirar durante a fase concêntrica e inspirar durante a fase excên-
trica; executar os movimentos devagar e de forma controlada até que a técnica
correta esteja adquirida; enfatizar a amplitude total do movimento; evitar o
esforço exagerado, ou seja, na escala subjetiva de esforço de Borg (de 6‑20), o
doente deve ter a perceção de realizar um esforço «leve»
11‑12
a «algo forte»
13‑14
;
registar a carga utilizada em cada estação e o número de repetições executado;
interromper o exercício na presença de sinais de aviso ou sintomas, especial-
mente dor, vertigens, arritmias, alterações na respiração e/ou dor anginosa. Na
aplicação prática das orientações de prescrição devem ser realizadas opções
quanto ao compromisso entre o maior número de benefícios e as necessidades
do doente.