Prevenção e Reabilitação Cardiovascular - page 300

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Manuela Abreu, Sofia Barbosa, Ricardo Prata
A associação entre as síndromes depressivas e as doenças cardiovasculares
deverá merecer a atenção de todos dos clínicos que lidam com estes doentes,
não apenas pelo papel que ambas desempenham como fator de risco da outra,
mas também pela sua influência no prognóstico e na mortalidade dos doentes que
possuem esta comorbilidade específica.
Neste sentido, a prescrição de psicofármacos é muito comum entre os
doentes cardíacos. Aliás, se assim não suceder, é mais provável que estejamos
perante um erro diagnóstico do que propriamente tratar‑se de uma ausência de
comorbilidade. Desta forma, é muito importante que o cardiologista esteja fami-
liarizado com a farmacodinâmica, farmacocinética, posologia, efeitos colaterais
e interações possíveis desses psicofármacos, nomeadamente antidepressivos e
ansiolíticos.
Em conclusão, uma atuação multidisciplinar, envolvendo o psiquiatra e o car-
diologista, parece ser a abordagem mais adequada e eficaz, podendo efetivamente
condicionar não apenas uma melhoria na sobrevida destes doentes, mas ainda
moldar drasticamente o seu processo reabilitativo e a sua qualidade de vida.
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