Pablo Nascimento, Salvador Serra
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lidade, proporcionam aumento no VO
2
pico de esforço após alguns meses. Este
aumento é ainda mais expressivo, se analisado em termos proporcionais, justa-
mente nos doentes mais debilitados e com maior limitação funcional na avaliação
inicial
2
. Apesar do exposto, pouco é relatado, entretanto, quanto a potencial RCE
desta modalidade de tratamento no seguimento de longo prazo.
Pesquisa utilizando um modelo estabelecido para a avaliação de expectativa
de vida e de doença cardiovascular em indivíduos entre 35 e 74 anos, aplicando
o Cardiovascular Disease Life Expectancy Model
3
, analisou o impacto de um pro-
grama de exercício físico sobre algumas relevantes variáveis. Obteve‑se redução
do LDL‑colesterol em 4%, elevação do HDL‑colesterol em 5% e diminuição da
pressão arterial sistólica e diastólica em 6 mm Hg. A adesão ao programa, res-
pectivamente para o primeiro e segundo anos, foi estimada em 50% e 30%
4
. Ao
considerar um índice de adesão de 100% aos programas de reabilitação cardíaca
incluindo exercícios físicos, o estudo estabeleceu a RCE em dólares norte‑ame-
ricanos, ou seja, o valor pecuniário investido para cada vida salva em um ano,
de acordo com o género, a faixa de idade e o grau de supervisão, bem como a
presença ou não de doença cardiovascular (Tabela 1)
4
.
Tabela 1
Relação custo-efetividade da reabilitação cardiovascular, considerando ausência
de absentismo às sessões de exercício físico.
Idade
(em anos)
Homens
(Custo por VS1A*)
Mulheres
(Custo por VS1A*)
Sem
supervisão
Com
supervisão
Sem
supervisão
Com
supervisão
Sem doença
cardiovascular
35 - 45 $ 645
$ 22.566 $ 4.915
$ 42.296
55 - 64 $ 2.517
$ 15.015 $ 1.583
$ 49.353
65 - 74 $ 1.237
$ 20.544 $ 1.367
$ 60.283
Com doença
cardiovascular
35 - 45 $ 356
$ 10.783 $ 3.154
$ 34.677
55 - 64 $ 912
$ 5.871
$ 2.464
$ 8.084
65 - 74 $ 777
$ 9.034
$ 2.464
$ 12.839
* VS1 A:Vida salva em um ano.Valores em dólares norte-americanos.
