35835
Madalena Teixeira, Ana Isabel Azevedo
de embarque, assim como durante o voo pela imobilidade, vibração, barulho e
jet
lag
em viagens mais longas
12,13
.
Nos Estados Unidos da América, o motivo mais frequente para desvio de
um avião são os eventos cardíacos, a maioria dos quais, síncopes vasovagais rela-
cionadas com desidratação, consumo de álcool e
stress
emocional. A incidência de
eventos durante o voo em viajantes com doença coronária conhecida permanece
por definir
12
.
Algumas das recomendações endereçadas a viajantes com doença cardiovascular são:
‑ chegar atempadamente ao aeroporto, de forma a evitar atitudes apressadas;
‑ notificar prévia e atempadamente as autoridades aeroportuárias de requi-
sitos de assistência especiais, nomeadamente, da necessidade de oxigénio
a bordo (pressão arterial de oxigénio <72mmHg ao nível do mar prediz a
necessidade de oxigénio a bordo);
‑ transportar a medicação necessária, bem como uma lista da toda a medi-
cação habitual e respetivas dosagens;
‑ ser portador de um relatório médico, onde conste a definição da sua pato-
logia, medicação em curso, alergias e dispositivos de que é portador (por
exemplo,
pacemakers
ou CDI’s)
12
.
Outras recomendações gerais incluem que o doente seja portador de nitro-
glicerina sublingual, evite fármacos hipnóticos e reforce a hidratação oral antes e
durante o voo, evitando bebidas alcoólicas
12
.
Doentes com patologia cardiovascular não controlada não devem voar. As
contraindicações cardíacas para a viagem aérea incluem:
‑ EM não complicado nas duas a três semanas anteriores;
‑ EM complicado nas seis semanas anteriores;
‑ angina instável;
‑ hipertensão arterial não controlada;
‑ cirurgia de revascularização miocárdica nos 10 a 14 dias anteriores;
‑ acidente cerebrovascular nas duas semanas anteriores;
‑ arritmias ventriculares ou supraventriculares não controladas;