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Ana Abreu, Claudio Gil Soares de Araújo
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Enquanto alguns doentes são capazes de aprender as suas respetivas séries
e a técnica correta de colocação de cargas e de execução dos exercícios, muitos
dos doentes, especialmente os mais debilitados e idosos, necessitam de supervi-
são e suporte profissional durante a realização dos exercícios de fortalecimento
muscular. Esta supervisão tende ainda a minimizar os riscos de lesão do sistema
locomotor e leva a um melhor resultado terapêutico. As máquinas de peso deve-
rão permitir uma faixa de cargas ampla e bastante discriminada, com valores
iniciais reduzidos, apropriados aos participantes dos PRC. Na prática, deverão
possibilitar aumentos de, no máximo, 5 em 5 kg e, para alguns exercícios, se pos-
sível, até de 1 em 1 kg.
Com a progressiva introdução de outros tipos de exercícios não‑aeróbios
em PRC, um novo arsenal de equipamentos de exercício tornou‑se praticamente
imprescindível. Ainda que o detalhe desses equipamentos fuja ao âmbito do pre-
sente livro, pode‑se apresentar um breve comentário sobre o tópico. Nesse
sentido, incluem‑se os equipamentos de treino muscular respiratório, nomea-
damente os que apresentam a possibilidade de variar a resistência inspiratória, e
também, mais recentemente, os equipamentos destinados ao treino manual iso-
métrico, que oferecem a possibilidade de utilizar 30% da força voluntária máxima
na preensão manual, como um coadjuvante terapêutico na abordagem da hiper-
tensão arterial. Esses exercícios não‑aeróbios têm‑se mostrado úteis e seguros
do ponto de vista clínico
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. Existe ainda, todo um conjunto de equipamentos
destinados aos exercícios de equilíbrio e propriocepção e outros voltados para o
treino da coordenação motora.
Ainda dentro dos equipamentos, temos de contar com o sistema informá-
tico, incluindo computador e base de dados.
Em resumo, necessitamos:
- Equipamentos de exercício
- Equipamentos de suporte médico
- Equipamento informático.