Prevenção e Reabilitação Cardiovascular - page 57

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Conceito, componentes, fases e recursos humanos e materiais da Reabilitação Cardíaca
Segurança
Ainda que seja baixa a probabilidade de ocorrência de eventos clínicos des-
favoráveis de alta relevância ou complexidade – aproximadamente 1 evento em
cada 50 ou 100 mil doentes em reabilitação
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, é muito importante e recomendado
que todo o PRC, em ambiente hospitalar ou não, possua um plano bem estabele-
cido para lidar com emergências clínicas e não‑clínicas, incluindo rotinas pré‑pla-
neadas, periodicamente ensaiadas e formalmente treinadas.
Todos os membros da equipa, incluindo o pessoal administrativo, deve-
rão ser adequadamente treinados para lidar com os diferentes tipos de emer-
gências que possam surgir dentro do contexto de um PRC, no seguimento
dos protocolos ou rotinas pré‑planeadas. Muitas vezes, os PRC treinam as
suas próprias equipas para lidar com emergências, utilizando a competência
dos seus médicos e os recursos materiais disponíveis no local. Na inexistência
dessa possibilidade, cursos específicos para suporte de vida, como os ofereci-
dos pela Sociedade Portuguesa de Cardiologia e pela Sociedade Brasileira de
Cardiologia, nos níveis básico e avançado, são opções convenientes para treino
de toda a equipa
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.
Estes treinos e simulações devem ser repetidos periodicamente, contem-
plando não somente eventual rotatividade dos membros da equipa, como tam-
bém a necessidade de atualização e educação continuada. As emergências clí-
nicas mais comuns são: lesões de sistema locomotor, provocadas por trauma
direto ou indireto, a ocorrência de arritmias cardíacas (por exemplo, indução
de fibrilhação auricular) e a presença de sinais objetivos de isquemia miocár-
dica significativa ou de crises hipertensivas. Já as intercorrências ou emergências
não‑clínicas, relativamente menos comuns, vão desde a falta súbita de energia
elétrica e presença de incêndio até ao mau funcionamento inesperado de algum
equipamento. Treino periódico, instalações e equipamentos apropriados e sub-
metidos à manutenção preventiva periódica são os melhores instrumentos profi-
láticos para a prevenção e a minimização dessas intercorrências ou emergências
clínicas e não‑clínicas.
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