Gláucia Maria Moraes de Oliveira
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e os preditores positivos foram: reperfusão ou revascularização no evento índice,
a prescrição de estatinas, inibidores da enzima de conversão da angiotensina,
antiplaquetários, presença de IC, enquanto que os negativos foram diabetes e
a modificação do
score
GRACE
11
. Esses achados exemplificam a importância da
evolução da terapêutica farmacológica e de revascularização, em associação com
as medidas de RC e mudança de estilo de vida, para a redução da mortalidade
após EM.
Programas de Reabilitação Cardíaca para a promoção da interação entre a
terapêutica farmacológica e não farmacológica
Somente 38,8% dos países apresentam disponibilidade de RC, variando
entre 68% nos países de alto rendimento, 23% nos de médio rendimento e 8,3%
nos de baixo rendimento, com um programa de RC para cada 0,1‑ 6,4 milhões
de habitantes
12
. Os autores desse estudo chamaram a atenção para a menor par-
ticipação dos grupos vulneráveis e que mais necessitam da RC como, idosos,
mulheres, minorias culturais e étnicas, presença de comorbilidades e baixo
status
socioeconómico. Esse mesmo estudo conclui que os EUA e a Europa ocidental
possuem número suficiente de programas de RC, ainda que esses não tenham
cobertura global, e que se torna necessário focar nas novas estratégias desenvol-
vidas, empregando‑se modelos que utilizem telecomunicação, especialmente nos
países de baixo e médio rendimento
12
.
O
European Cardiac Rehabilitation Inventory Survey
procurou traçar um pano-
rama sobre a reabilitação cardíaca nos países europeus (72% responderam aos
questionários postais). Foi observado que a maioria desses países tinha associa-
ções nacionais e
guidelines
profissionais sobre o tema, 61% e 57%, respetivamente.
Também a maioria tinha RC intrahospitalar (86%) com cobertura ampla apenas
de 29% dos doentes. Para as fases II e III da RC, aproximadamente metade apre-
sentava programas que atendiam menos de 30% dos doentes referenciados. Os
autores concluem que no total dos estratos, menos da metade dos doentes que
necessitavam da RC, nos diversos países europeus, beneficiaram da mesma
13
.
Avaliações sucessivas da RC em Portugal apontaram melhoria crescente nos
últimos inquéritos, aumentando‑se progressivamente o número de doentes aten-
