Prevenção e Reabilitação Cardiovascular - page 318

Gláucia Maria Moraes de Oliveira
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houve aumento das taxas de obesidade e diabetes tipo 2 se comparados com
o EUROASPIRE III
30
. Apenas metade dos doentes foi aconselhada a participar
de programas em reabilitação cardíaca e desses 81,3% realizaram metade das
sessões propostas
31
. Esses achados demonstram o quanto é necessário trabalhar
para que uma efetiva prevenção cardiovascular seja implementada, dado que, ape-
sar do uso elevado da terapêutica farmacológica, o controlo dos fatores de risco
está longe do desejável, esperando‑se uma retroalimentação da fisiopatologia da
doença aterosclerótica.
Conclusão
A RC na sua forma ampla de atuação, com abordagem multidisciplinar envol-
vendo a interação entre as terapêuticas farmacológicas e não farmacológicas,
com ênfase na adoção de estilo de vida saudável, apresenta custo‑efetividade na
redução da mortalidade por todas as causas e por causas cardiovasculares em
seguimentos longos, em centros referenciados ou quando aplicada a nível popu-
lacional. Ainda existem lacunas no conhecimento científico em relação à contri-
buição de seus componentes isolados ou em combinação nos diversos grupos
específicos de intervenção. O desenvolvimento de novos modelos de ação, com
envolvimento de todos os estratos da população, com ênfase na interação entre
sociedades profissionais, como as sociedades de cardiologia do Brasil e de Portu-
gal, é imprescindível para a mudança para um estilo de vida saudável a nível global,
especialmente nos países de médio ou baixo rendimento, a fim de que a meta de
redução de 25% da mortalidade por DCV/DCNT seja alcançada em 2025.
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