Prevenção e Reabilitação Cardiovascular - page 356

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Madalena Teixeira, Ana Isabel Azevedo
‑ alto risco: EM prévio ou insuficiência cardíaca; história de arritmias ven-
triculares malignas; FE <35%; prova de esforço: capacidade funcional < 5
MET’s com resposta hipotensiva ou depressão do segmento ST >0,1mV,
depressão do segmento ST >0,2mV com uma frequência cardíaca <135bpm
ou resposta hipotensiva ao exercício
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.
A maioria dos doentes está apta a retomar a atividade profissional em poucas
semanas. O aconselhamento clínico e a participação precoce num programa de
reabilitação cardíaca demonstraram ser componentes fundamentais na reintegra-
ção profissional
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.
Condução de automóvel
A condução de veículos automóveis é uma atividade universal nos países desen-
volvidos. Estima‑se que condutores de veículos particulares, dependendo da idade
e ocupação, possam passar uma média de 250 horas por ano ao volante, número
que aumenta se forem considerados os condutores profissionais. Alguma forma
de regulamentação da condução está patente nos diferentes países, habitualmente
consistindo na avaliação do nível de competência individual e de aptidão física
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.
A arritmia é a causa mais comum de incapacidade do condutor e a doença
coronária a sua principal etiologia. A morte súbita cardíaca, resultante de uma
arritmia, é a complicação mais temida nos condutores. No entanto, arritmias
consideradas benignas, como a taquicardia supraventricular, podem levar a sín-
cope e impossibilitar a condução. Do mesmo modo, o bloqueio auriculoventricu-
lar transitório, a doença do nódulo sinusal e a síncope vasovagal podem originar
perda súbita de consciência e consequente perda de controlo do veículo. Exis-
tem, ainda, outras patologias do foro cardiovascular, menos comuns, que podem
ser causa de incapacidade para conduzir e devem ser tidas em consideração.
Estas incluem o aneurisma da aorta e situações de sobreposição entre distúrbios
cardiovasculares e neurológicos, como são o caso das síncopes inexplicadas e do
acidente cerebrovascular (que pode ser cardio‑embólico). O efeito da doença
cardíaca na condução não pode ser considerado isoladamente; ao invés, outras
patologias do foro cardiovascular como, por exemplo, a claudicação intermitente,
podem constituir marcadores de potencial incapacidade e merecem avaliação
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