Prevenção e Reabilitação Cardiovascular - page 177

Exercício aeróbio: contínuo moderado ou intermitente de alta intensidade?
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intensidade apresentaram resultados semelhantes ao grupo que além do treino
intenso recebeu testosterona
36
.
Aspetos importantes a serem considerados na reabilitação cardíaca são a
segurança e a adesão ao tratamento. Já apresentámos estudos em doentes estáveis,
nos quais o EIAI mostrou melhores resultados em vários fatores relevantes para o
prognóstico (VO
2
pico, função ventricular e função endotelial). Recentemente, têm
sido apresentados resultados favoráveis ao ECMI também na adesão ao exercício,
sem constatação de problemas relacionados a segurança
28
. No entanto, há que se
reconhecer a existência de muitas limitações nos estudos, que são em pequeno
número, têm pequena duração e foram realizados apenas em homens com boa
tolerância ao exercício. Não existem, por exemplo, estudos científicos de grande
dimensão aleatorizados realizados com doentes com IC com baixa tolerância ao
exercício e com desfibrilhador implantado. Ou seja, os estudos disponíveis sobre
exercício intenso intervalado ainda não permitem conclusões a respeito da segu-
rança da intervenção e da adesão ao tratamento. Portanto, apesar de alguns indí-
cios favoráveis, ainda é cedo para concluir que EIAI seja melhor do que o ECMI, ou
mesmo que seja seguro.
Prescrição da intensidade do exercício aeróbio
No treino aeróbio, geralmente são utilizadas sessões de 30 a 40 minutos de
duração, três a cinco vezes por semana, na intensidade considerada moderada.
Na prescrição da intensidade do exercício, quando não se pode contar com
um teste ergométrico recente realizado na vigência de medicamentos de uso
corrente, considerando a possibilidade de grandes erros devido à grande varia-
ção individual da frequência cardíaca máxima (FCmáx), cuja curva apresenta na
população grande dispersão em todas as faixas etárias, não recomendamos o uso
de fórmulas que consideram a idade (Exemplo: FCmáx = 220 – idade), sendo que
a utilização de outras fórmulas, como a que considera a reserva de FC, não apre-
senta vantagens de ordem prática. Obviamente, o erro tornar-se-ia ainda maior
no caso de aplicação dessas fórmulas em doentes com uso de betabloqueadores.
Na falta de uma informação da real FCmáx do indivíduo, a intensidade do exer-
cício pode ser controlada pela percepção subjetiva de esforço, algo que pode ser
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