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Teresa Gomes Mota
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Determinar uma rotina de verificação clínica e analítica dos efeitos secun-
dários e segurança dos fármacos, quando aplicável. Por exemplo, medição
da pressão arterial em todas as consultas, doseamento periódico do perfil
lipídico e da função hepática e renal.
6 Envolver o doente num plano de autovigilância.
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Evitar a prescrição crónica de medicamentos não essenciais, como anti‑infla-
matórios e sedativos. Quando necessário, fazê‑lo por períodos curtos e em
baixa dose, se possível. Reforçar as medidas de estilo de vida ou tratamentos
não medicamentosos como uma forma mais adequada de tratar sintomas e
queixas frequentes como dores osteo‑articulares, obstipação, insónia, dispep-
sia, etc.
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Verificar se o doente tem capacidade para compreender e executar a prescri-
ção. Ponderar a utilização de auxiliares como caixas dispensadoras de medi-
cação, lembretes, embalagens calendário, etc. Sempre que necessário, envolver
um familiar ou cuidador para assegurar que a medicação irá ser feita de forma
rigorosa.
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Dar sempre informação verbal e por escrito, mesmo quando se trata de
modificações da prescrição que pareçam simples, fáceis de memorizar, ou o
doente tenha um nível de literacia elevado. Quando saem das consultas, os
doentes frequentemente esquecem o que lhes foi dito.
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Fazer o registo cuidadoso no processo clínico de todos os medicamentos
em curso. Partilhar esse registo com a equipa multidisciplinar de forma a que
todos possam contribuir para a vigilância e reforço na adesão ao tratamento.
Poderá ser adequado que, para além do médico, outros profissionais de saúde
colaborem de forma sistematizada no acompanhamento da terapêutica medi-
camentosa, nomeadamente um enfermeiro ou farmacêutico.
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Assegurar que o doente sabe quando e como poderá fazer a renovação das
prescrições.
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Assegurar que o doente sabe como contactar a equipa de saúde em caso de
efeitos secundários.