Reabilitação Cardíaca – Alimentação saudável e suplementação nutricional
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base da elaboração da primeira lei que impõe um limite de sal no pão (1,4 gramas
de sal por 100 gramas de pão, decreto lei n.º 75/2009 de 12 de agosto).
Para reduzir o consumo de sal intrínseco aos alimentos, deve‑se: i) evitar o
consumo de alimentos com elevada quantidade de sal intrínseco como produtos
de charcutaria, enlatados e conservas, produtos cárneos como rissóis, croquetes,
batatas fritas, caldos concentrados, queijos, alimentos pré‑preparados e
fast‑food
;
ii) ler atentamente o rótulo dos produtos alimentares, comparando‑os entre si
e optando, entre produtos similares, por versões com menores teores de sal.
Ressalva‑se ainda o facto de que o sal pode também encontrar‑se mascarado
em alguns alimentos do dia‑a‑dia como cereais de pequeno‑almoço, margarinas,
molhos de tomate e produtos de pastelaria salgados.
Para reduzir a quantidade de sal utilizada na confeção dos alimentos, optando
por métodos que valorizem o paladar natural dos alimentos, deve‑se: i) substi-
tuir o sal por ervas aromáticas e especiarias (orégãos, louro, salsa); ii) utilizar
marinadas e vinha‑d’alhos para temperar os alimentos de véspera, substituindo o
sal por alho, cebola, pimento e sumo de limão; iii) combinar alimentos de sabor
intenso com outros mais insípidos, por exemplo incluir cebola, alho, pimento e
tomate e tentar cozinhar em pouca água, para concentrar os odores e sabores.
Para tal, utilizar panelas de pressão, recipientes para cozinhar a vapor ou antia-
derentes, com o recipiente tapado; iv) não adicionar mais sal aos alimentos caso
a refeição inclua molhos pré‑preparados, conservas e produtos de charcutaria;
v) não usar caldos concentrados nas preparações culinárias; vi) não colocar o
saleiro na mesa.
O
consumo de bebidas alcoólicas
é um tema que tem merecido especial
debate na área científica, muito no seguimento do estabelecimento do «Paradoxo
Francês» em que se observou que a incidência de doença coronária em França
seria particularmente baixa, apesar de se verificar uma alimentação rica em gordura
saturada, bem como níveis de colesterol elevados e elevadas prevalências de taba-
gismo e de consumo de bebidas alcoólicas
24
. Estudos subsequentes têm, na verdade,
sugerido um possível efeito cardioprotetor de quantidades moderadas de bebidas
alcoólicas
25
, no entanto importa ressalvar que as recomendações
5, 6
são no sentido
de que, caso o indivíduo consuma bebidas alcoólicas, o faça limitando a quantidade