Helena Santa-Clara, Pedro Pezarat-Correia
19219
• Inicialmente, executar uma série de cada exercício selecionado; caso o
participante tolere, pode‑se progredir para a utilização de diversas séries.
As séries podem ser do mesmo exercício ou de exercícios diferentes,
desde que solicitem os mesmos grupos musculares.
• O treino deve ser orientado e supervisionado por profissionais com for-
mação específica para intervir com doentes cardíacos.
• Não realizar exercícios de força muscular durante períodos agudos de
dor ou inflamação músculo‑esquelética.
• Sensibilizar os doentes para a importância de algumas rotinas diárias para
a manutenção da força muscular (e.g., subir escadas, jardinagem, marcha,
trabalho doméstico, etc.).
• Quanto ao tipo de exercício, podem ser utilizadas máquinas de muscu-
lação, pesos livres, bandas elásticas, barras, entre outros equipamentos.
As sessões do programa devem ser criativas e inovadoras, apresentando
propostas múltiplas utilizando todo o material e espaços disponíveis,
diversificando o mais possível as atividades.
Ao nível da componente de força muscular, a funcionalidade obriga‑nos a
refletir sobre os exercícios e os materiais que devem ser utilizados. As orienta-
ções vão no sentido de se privilegiar as máquinas de musculação como o equi-
pamento mais seguro no treino da força muscular, mas a sua transferência para
as tarefas do quotidiano é diminuta e a solicitação do equilíbrio e do ajusta-
mento postural limitada. De modo geral, as máquinas requerem menos des-
treza motora para a realização dos exercícios, permitem uma maior proteção
da coluna vertebral pelo facto de estabilizarem as posições que o corpo deve
assumir e possibilitam um melhor controlo sobre a amplitude do movimento.
Assim, as máquinas podem e devem ser utilizadas, principalmente em fases ini-
ciais de aprendizagem e para pessoas com limitações ou disfunções graves, mas
não se deve ficar limitado à sua utilização. A incorporação posterior de outros
equipamentos existentes atualmente no mercado (bolas medicinais, bandas elás-
ticas,
TRX
suspension training
, bolas suíças e outras superfícies instáveis, etc.)
deve ser considerada em função de outras necessidades do treino de força e