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Os inibidores da enzima conversora da angiotensina (IECA), e os antagonistas dos
recetores da angiotensina (ARA) na insuficiência cardíaca e na doença coronária
anos não se verificaram diferenças significativas na mortalidade global ou
cardiovascular, enfarte do miocárdio ou insuficiência cardíaca entre os
três grupos. O grupo captopril+valsartan apresentou um maior número
de efeitos adversos, nomeadamente hipotensão e agravamento da função
renal.
Na prevenção primária, os efeitos dos ARAs na incidência de enfarte agudo
do miocárdio (EAM) foram matéria de diversas revisões e meta‑análises. Embora
algumas não tenham evidenciado risco acrescido de EAM com os ARAs mas
sim um efeito neutro, semelhante ao do placebo, outras descrevem aumento do
risco, opostamente ao benefício obtido com os IECAs.
Face a estes resultados, nos doentes após enfarte agudo do miocárdio, os
ARAs são unicamente considerados como uma alternativa aos IECAs, quando
estes não são tolerados
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Na prevenção primária, embora nas recomendações internacionais os IECAs
e os ARAs sejam considerados como semelhantes, a evidência parece, mais uma
vez, ser a favor dos IECAs.