Alberto José de Araújo
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• Cessação em doentes cardíacos leva a redução de 36% no risco de mor-
talidade por todas as causas;
• Parar de fumar é o único tratamento eficaz para evitar que haja progres-
são da tromboangeíte obliterante (TO);
• As taxas de abstinência contínua entre os doentes comTO são usualmente
baixas, todavia a cessação do tabagismo melhora os sintomas e reduz o
risco de amputação ao longo da vida.
Objetivos gerais da abordagem do fumador e benefícios da cessação
A abordagem do fumador visa encorajá‑lo a iniciar o tratamento, inde-
pendentemente do tipo de patologia cardiovascular e do estadio em que se
encontra a sua doença. Além dos benefícios já esperados com a cessação –
melhoria da disposição, redução do cansaço, da falta de ar, da tosse e da fadiga
– deve ser enfatizado que os ganhos serão significativos ‑ ainda que possam
ser limitados para cada doente, pois dependem do tipo de comorbilidade, da
extensão da lesão e do tempo de evolução. Entre os benefícios auferidos com a
supressão do tabaco, do ponto de vista respiratório e cardiovascular podemos
reforçar:
• Aumento da sobrevida e melhoria da qualidade de vida (autonomia);
• Redução da progressão da queda da função respiratória;
• Possibilidade de reversão da obstrução precoce das pequenas vias aéreas;
• Redução e/ou melhor controlo dos níveis da pressão arterial e da fre-
quência cardíaca;
• Minimização ou impedimento do agravamento das comorbilidades, como
p. ex., as exacerbações das crises de falta de ar; da taquicardia, arritmia
ou de complicações que levem à hospitalização.