Alberto José de Araújo
13213
Construindo um protocolo para o doente fumador com DCV
1.
O êxito do tratamento depende que o médico esteja consciente e preparado
para os seguintes passos:
• Realizar sempre abordagem intensiva;
• Preferir a intervenção comportamental associada à farmacoterapia;
• Poder requerer tempo de seguimento além das 12 semanas convencionais;
• Poder existir elevada dependência, longo tempo de tabagismo e carga
tabágica elevada.
2.
Para encorajar o doente quanto a uma cessação imediata o médico deve:
• Ilustrar os riscos do tabagismo ativo e passivo com folhetos na sala de
espera e cartazes;
• Traduzir em linguagem fácil e acessível os «ganhos» já bem documentados
na literatura;
• Entregar folheto dos ganhos a serem auferidos com a «aplicação» em
parar de fumar;
• Valorizar pequenos avanços do doente que já se encontra em processo
de redução;
• Indagar sobre períodos eventuais de abstinência no passado e benefícios
percebidos outrora;
• Mostrar depoimentos ou exemplos de doentes na mesma situação que
deixaram de fumar.
3.
Para trabalhar o diagnóstico e resultado dos exames a favor do tratamento,
enfatizar:
• A presença de comorbilidade cardiovascular relacionada com o tabaco;
• Redução da frequência e gravidade das exacerbações e do risco de rein-
ternamento;
• Melhor ajuste da posologia dos medicamentos;
• Possível estabilização no estadio em que se encontra a doença;
• Melhoria dos sintomas: redução da intensidade e desconforto.