Alberto José de Araújo
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uma atenção mais intensa. O médico deve tratar o fumador com empatia e com-
preensão, enfatizando os benefícios da cessação e, encorajando a que faça uma
tentativa com ajuda profissional para deixar de fumar
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.
Abordagem PAAPA
Os consensos internacionais e o nacional de tabagismo enfatizam três tipos
de abordagem ao fumador: mínima, básica e intensiva. Elas baseiam-se nos seguin-
tes passos:
Perguntar, Avaliar, Aconselhar, Preparar, Acompanhar.
A
abordagem mínima
(PAAP) consiste em perguntar, avaliar, aconselhar e
preparar e deve ser realizada por todos os médicos. Por ser rápida e objetiva, exi-
gindo no máximo três minutos, é considerada uma das ações mais importantes na
cessação do tabagismo. Segundo o grupo de revisão
Cochrane Tobacco Addition
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,
este tipo de abordagem em cada consulta médica pode elevar a taxa de cessação
de 3% (em tentativas isoladas) a 8‑10%, o que representa um grande impacto na
epidemia do tabagismo.
Tabela 6.
Perguntas para a abordagem mínima (breve) ou básica do fumador
Perguntar se o doente fuma, e em caso afirmativo, há quanto tempo fuma?
Quantos cigarros o doente fuma por dia?
Quanto tempo após acordar acende o primeiro cigarro?
Se pensa em marcar data para parar, e em caso positivo, para quando pretende marcar?
Se o doente já fez tentativa prévia para deixar de fumar? Em caso afirmativo:
O que aconteceu quando o doente tentou parar de fumar?
A
abordagem básica
(PAAPA) consiste em
perguntar, avaliar, aconselhar,
preparar e acompanhar
o fumador para que deixe de fumar. Esse tipo de aborda-
gem pode ser realizado no mínimo de 3 minutos e, no máximo, de 5 minutos, em
média, em cada visita.