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Estatinas e outros antidislipidémicos
Avaliar o risco
de DMT2
Usar o
FINDRISC
Fase 1
Fase 2
Fase 3
Fase 4
Fase 5
Repetir glicemia
(jejum) ou
HbA1c 3 meses
após início
da estatina e
a intervalos
regulares, de
acordo com
recomendações
das anomalias
da regulação da
glicose
Glicemia (jejum)
100-125 mg/dl ou
HbA1c 6,0-6,4%,
modificação efetiva
do estilo de vida
Glicemia (jejum)
126 mg/dl ou
HbA1c
6,5%,
tratamento
da DMT2
Com o risco
de DMT2
elevado, avaliar
a glicemia em
jejum e/ou
HbA1c, a par
da ficha lipídica
Com o risco
de DMT2 baixo,
não avaliar a
glicemia em jejum
e/ou HbA1c,mas
repetir o rastreio
de DM,de acordo
com o adequado
Adaptado de Sattar N,
Atheroscler Suppl
.
2014: 15(1): 1-15
Avaliar o risco
CV para
indicação de
estatina
Usar o SCORE
Figura 5
Recomendações para o doente sem a diabetes medicado com estatinas
C. Efeitos renais
A proteinúria e a hematúria foram descritas com as estatinas. Naturalmente,
que as alterações renais podem decorrer da miopatia e da rabdomiólise. No
entanto, as estatinas parecem ser capazes de provocar proteinúria tubular (não
glomerular), através da inibição do transporte ativo das proteínas de baixo peso
molecular, e não associada a agravamento da função renal
9, 16, 48
. Aparentemente,
esta proteinúria parece estar diretamente relacionada com a inibição da síntese
de mevalonato (e a interferência na formação de pirofosfatos isoprenóides) no
túbulo renal proximal e com a perturbação da endocitose mediada pelo com-
plexo megalina/cubilina, clatrina dependente
9, 48
. Este efeito será, pois, uma res-
posta local à redução do colesterol pelas estatinas.
Uma análise de uma grande base de dados aventou uma possível associa-
ção das estatinas mais potentes (rosuvastatina
≥
10 mg, atorvastatina
≥
20 mg e
sinvastatina
≥
40 mg/dia) com o internamento hospitalar por lesão renal aguda,
em particular nos primeiros 120 dias após o início do tratamento
61
, contestada,
posteriormente, após uma análise combinada dos estudos aleatorizados de inter-