265265
Estatinas e outros antidislipidémicos
Intolerância
a estatinas
Não usar suplementos no alívio
da mialgia/miopatia
Resultados inconsistentes
Vitamina D (24-OHD < 32 ng/ml
Coenzima Q10
Ajuizar a indicação
Relação médico/doente: benefícios
da redução do risco esperado
Avaliar as contraindicações
Aconselhar e analisar dos
e sobre efeitos adversos
potenciais
Enfatizar a intervenção
não farmacológica
Nutracêuticos/alimentos funcionais
Reforçar estratégias com base
em estatinas
Reintrodução da estatina
Usar outra estatina
Doses intermitentes e/ou
reduzidas
Mancini GBJ, et al. ConJ
Cardiol. 2013; 29: 1553-68
Usar outros antidislipidémicos
efetivos (associados)
Atingir objetivos terapêuticos
Figura 3
Abordagem da intolerância às estatinas
Tentando conjugar a grande variabilidade de conceitos, podemos expor
intolerância às estatinas (Figura 3) como a ocorrência de (a) sintomas adver-
sos entendidos pelo doente como intoleráveis e/ou (b) alterações laboratoriais
sugestivas de risco, que são atribuídos ao tratamento com estatinas e levar à
sua interrupção
50
. A afirmação de causalidade depende da relação temporal dos
sintomas ou das variações laboratoriais com o início do tratamento, da melhoria
ou resolução com a sua descontinuação e da sua recorrência com o recomeço
do mesmo. Além disso, subentende a exclusão (e correção) das situações clíni-
cas predisponentes e precipitantes (e.g. doenças músculo-esqueléticas, hipotiroi-
dismo, deficiência de vitamina D, prática de exercícios musculares extenuantes,
doenças intercorrentes ou DDI: antimicóticos azólicos, antibióticos macrólidos,
verapamilo, gemfibrozil, amiodarona, ciclosporina e inibidores da protease).
Esta definição não abrange os sintomas ligeiros, sentidos como razoáveis
pelo doente. Por outro lado, admite uma variabilidade acerca do número e da
dose de estatinas experimentadas (alguns doentes são intolerantes praticamente
a todas as estatinas – mesmo em doses baixas –, enquanto que outros só mani-