Prevenção e Reabilitação Cardiovascular - page 256

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Pedro Marques da Silva, Carlos Aguiar
Curiosamente, a cinética das estatinas não parece ter um efeito relevante
na atividade hipolipemiante individual, tendo em conta a resposta homeostática
decorrente do seu efeito farmacodinâmico (a inibição farmacológica determina
um aumento da HMG-CoAR, nos microssomas hepáticos, em cerca de 6-10 x).
A atorvastatina e a rosuvastatina têm uma semivida (t½) longa (próxima das 20
horas, enquanto que, por exemplo, a da pitavastatina é de 12 horas; todas as
outras têm uma t½ próximas das quatro horas. Uma t½ mais longa pode, even-
tualmente, ser mais favorável em doentes menos aderentes ou ser útil aquando a
«intolerância ao tratamento» (preceituando esquemas terapêuticos opcionais, e.g.
alternância diária)
10
. Alguns autores
9
admitem que a perenidade dos níveis plas-
máticos pode influenciar eventuais «efeitos pleiotrópicos», caso da diminuição da
proteína C reativa (CRP). No entanto, mesmo neste caso, o significado, em ter-
mos prognósticos, não é claro
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nem circunscrita a esta intervenção terapêutica
12
.
Da inibição da HMG-CoAR resulta a diminuição das concentrações hepáti-
cas de colesterol (Figura 1), com o aumento subsequente da expressão e da reci-
clagem dos LDLR nas membranas celulares hepáticas e o incremento da depu-
ração das lipoproteínas aterogénicas do plasma. No entanto, nos doentes com
Biodisponibilidade microssomica celular de colesterol
Secreção VLDL
LDL
Modelos animais
Humanos
Degradação intracelular apoB
Lipoproteínas com apoB
Secreção”direta” de LDL
Modelos animais
Humanos com FH
Clearance das LDL e apoB-LP
Recetores LDL hepáticos
Figura 1
Consequências da inibição da HMG-CoAR pelas estatinas
… Levando à redução do CT, apoB, LDL-C e TG
1...,246,247,248,249,250,251,252,253,254,255 257,258,259,260,261,262,263,264,265,266,...404
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