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Estatinas e outros antidislipidémicos
risco de reações adversas (em especial de tipo muscular). A fluvastatina é metabo-
lizada pelo CYP2C9; a pitavastatina é marginalmente metabolizada pelo CYP2C9 e
CYP2C8. As estatinas hidrofílicas (pravastatina e rosuvastatina) não são extensiva-
mente metabolizadas pelo CYP (ainda que a rosuvastatina interaja com o CYP2C9).
Tabela I
Farmacologia das estatinas (adaptado de Sirtori, 2014)
IC
50
HMG-
CoAR
(nM)
Absorção
oral (%)
Bio-dispo-
nibilidade
(%)
Extração
hepática
(%)
Ligação
às
proteínas
(%)
t
⅓
β
(h)
CYP450 Trans-
portador
Pravastatina
4
35
18
45
50
1-3 (3A4)
OA‑
TPB1
(MRP2)
Lovastatina
2-4
30
5
� 70 > 98 2-5
3A4
(2C8?)
OA‑
TPB1
Sinvastatina
1-2* 60-85
< 5
� 80 > 95 2-5 3A4 (2C8,
2D6)
(MRP2)
Fluvastatina
3-10
98
30
� 70 > 98 1-3
2C9
OATPB1
Atorvastatina
1,16
30
12
70
> 98 7-20
3A4
(2C8) OATPB1
Rosuvastatina
0,16
50
20
63
90
20
2C9
(2C19)
OA‑
TPB1
Pitavastatina
0,1
80
60
?
96 10-13 (2C9)
OA‑
TPB1
(MRP2)
* Metabolito ativo
No entanto, em termos de
drug-drug interaction
(DDI), são também impor-
tantes os sistemas de transporte e transferência celular, tanto os «dependentes
de energia» (e.g. ABCB [
ATP-binding cassette subfamily B
] ou Pg-P) como os «não
dependentes de energia» (e.g. OAwTP). Em relação aos primeiros, responsáveis
pelo efluxo hepático de fármacos (e.g. sinvastatina, fluvastatina, atorvastatina e
rosuvastatina), podem Influir na atividade hipolipemiante das estatinas (a menor
atividade da Gp-P contribui para maiores reduções de colesterol total (CT)
e LDL-C). Os segundos – em concreto o OATPB1, responsável pela captação
celular hepática do fármaco não modificado (e.g. pravastatina) ou da forma ativa
hidroxilada (e.g. lovastatina e sinvastatatina) – são especialmente valorizados nas