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Estatinas e outros antidislipidémicos
da curva, a redução é muito maior (± 3-4 x) com LDL-C = 100 mg/dl. Na verdade,
mesmo com um LDL-C = 70 mg/dl, o diabético com história de EAM tem um
risco CV absoluto significativamente maior do que o indivíduo com LDL-C = 160
mg/dl. O tratamento deve privilegiar o risco CV global e não o fator de risco indi-
vidual. A única exceção redunda da presença de um fator de risco, isolado, mas
marcadamente alterado: HTA grau 3 e CT > 310 mg/dl (ou LDL-C > 230 mg/dl).
EAM + DM
DM = diabetes
mellitus
DCV = doença cardiovascular
LDL
(mg/dl)
Sem DCV / DM
Eventos CV a 5 Anos (%)
80
70
60
50
40
30
20
10
0
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200
Figura 2
Tratar o risco cardiovascular global ou tratar o colesterol?
(adaptada de Robinson & Stone, 2009)
Assim, o primado na prevenção das DCV incide nos doentes com DCV esta-
belecida, nos diabéticos, nos doentes renais crónicos (TFG < 60 ml/min/1,73m
2
),
nos indivíduos assintomáticos com risco de morte CV de, pelo menos, 5% aos
10 anos, estimado pelo SCORE
5,21
. A tabela 2 mostra como estas populações se
subdividem em grupos de risco CV elevado e muito elevado. Ao estimar o risco
de DCV, em indivíduos assintomáticos, é necessário ter em conta as condições