Avaliação da idade biológica
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Para além dos exercícios aeróbios, de flexibilidade e de equilíbrio, recomenda‑se,
particularmente no idoso, o treino de resistência, dois a três dias por semana,
em dias não consecutivos, com duas repetições com oito a dez séries para cada
exercício
31
.
A ingestão proteica e calórica alimentar adequada constitui outro esteio do
tratamento da fragilidade. Considera‑se que a ingestão média de 1,1 a 1,5 g/kg
por dia – um pouco superior à do adulto não idoso – repartida, pelo menos, pelas
três principais refeições, é a dose necessária para suprir as necessidades protei-
cas do idoso
32
. Relativamente à suplementação hormonal, nenhuma terapêutica
está recomendada, a menos que exista uma clara deficiência hormonal. A tera-
pêutica com testosterona pode ter efeitos muito negativos sobre a próstata. A
hormona de crescimento só é benéfica quando há deficiência pituitária
16
. É sabido
que a maior parte dos muito idosos morre de doenças CV, cancro, demências e
infeções respiratórias, mas, para a maioria dos muito idosos, o verdadeiro fator
limitante da vida com qualidade e independência é a falta de força muscular. Uma
Figura 2.
Fisiopatologia da fragilidade
(adaptado de Chen, 2015)
Molecular e patológico
Disfunção fisiológica
Desregulação
neuroendócrina
Fator de crescimento
insulina (IGF‑1)
Dehidroepiandrosterona
Hormonas sexuais
Clínica
Inflamação
Interleucina-6
Doenças
inflamatórias
Stress
oxidante
Deleção mitocondrial
Encurtamento
dos telómeros
Lesão do ADN
Senescência celular
•
Anorexia
•
Sarcopenia
•
Osteopenia
•
Função imune
•
Cognição
•
Coagulação
•
Metabolismo
da glicose
Lentidão
Fraqueza
Perda
ponderal
Redução da
atividade
Fadiga
Variação
genética