Prevenção e Reabilitação Cardiovascular - page 75

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Paulo Dinis, M. Carmo Cachulo, Lino Gonçalves
Fatores de risco não modificáveis – história familiar ou genética
Reabilitação Cardíaca
A doença arterial coronária (DAC) é uma das principais causas de mortali-
dade e morbilidade no mundo
1,2
Embora a mortalidade associada a esta etiologia,
esteja em decrescendo nos países desenvolvidos, fruto da evolução farmacoló-
gica e técnica, particularmente da revascularização percutânea
3
, muito pode ainda
evoluir em termos de redução da mortalidade.
A Reabilitação Cardíaca é um programa de prevenção secundária que visa o
controlo dos fatores de risco cardiovasculares e oferece um conjunto de ativida-
des essenciais para uma recuperação sustentada, após um evento cardíaco grave.
A
World Health Organization
(WHO) define reabilitação cardíaca como um soma-
tório de atividades necessárias para garantir aos doentes com doença cardíaca,
as melhores condições físicas, psicológicas e sociais de forma a reconquistarem o
seu lugar na comunidade
4
.
O controlo dos fatores de risco é um dos pilares fundamentais de um pro-
grama de reabilitação cardíaca.
Fatores de risco
A relação entre a doença cardiovascular (DCV) e os fatores de risco está
bem documentada
5
. A WHO refere que cerca de 75% dos casos de DCV podem
ser atribuídos a fatores de risco já conhecidos
6
. Estes dividem‑se em dois grupos,
modificáveis e não modificáveis.
Modificáveis:
Relacionam‑se com hábitos e estilo de vida, sendo os princi-
pais e de maior impacto: hipertensão arterial, diabetes
mellitus
, dislipidémia, taba-
gismo, obesidade e sedentarismo. Apesar de ser possível evitar e controlar estes
fatores, com a adoção de um estilo de vida mais saudável, complementado nal-
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