Alberto José de Araújo
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A posologia inicial recomendada é de seis comprimidos de 1,5mg de citisina
por dia, em doses fracionadas, a cada duas horas, durante três dias, altura em
que deverá marcar a data da cessação
.
A partir da data da cessação, redução
progressiva até alcançar dois comprimidos por dia no último dia do protocolo
(25.º dia). A citisina é contraindicada em doentes com hipertensão arterial ou
arteriosclerose severa.
A citisina poderá ser uma alternativa para o tratamento do tabagismo para
populações de baixo nível económico, pois poderá ser produzida a um baixo
custo para um curso de tratamento de 25 dias apenas, estimado entre 5‑15 vezes
mais barato do que o equivalente a adesivos de nicotina.
Terapêuticas não farmacológicas
Algumas terapêuticas não farmacológicas têm sido utilizadas no tratamento
do tabagismo, como a hipnose, acupuntura e homeopatia. Porém os resultados
são de eficácia duvidosa, necessitando de estudos com metodologia científica
apropriada para sua avaliação.
Entretanto, as técnicas de reforço positivo têm revelado bons resultados,
sobretudo se combinadas com outras técnicas de suporte, como por exemplo, a
TRN. Os objetivos são os de alcançar e manter a abstinência mediante o aumento
da motivação do fumador. Entre as técnicas de reforço positivo, incluem-se: auto-
controlo; redução gradual; grupos de mútua ajuda e fumadores anónimos.
Grupos especiais de doentes
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Hospitalizados
A proibição de fumar em ambiente hospitalar, bem como a doença que levou
ao internamento, são fatores de elevada motivação para a cessação do fumo. A
hospitalização de um doente com DCV é uma janela de oportunidade para o
médico sensibilizar o doente, através da abordagem mínima. Caso haja sintomas
da abstinência, estes poderão ser tratados, preferencialmente com TRN à base
de adesivos de nicotina, desde que não haja contraindicação. Deve ser dada aten-
ção especial, caso seja adotada terapêutica farmacológica não nicotínica, às inte-
rações medicamentosas. O seguimento individual ou em grupo imediatamente
após a alta hospitalar reduz as taxas de recaída.
