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Fatores de risco modificáveis: tabagismo, sedentarismo, obesidade, síndrome metabólica,
dislipidémia, hipertensão arterial, diabetes e fatores psicossociais
87
para a sua grande difusão e aplicabilidade
19
. Em 2009, esta definição foi harmo-
nizada e unificada pelas diversas organizações internacionais face aos conheci-
mentos mais atuais
20
. Assim, segundo esta enunciação, dizemos que existe SM na
presença de pelo menos três dos cinco seguintes critérios: obesidade abdominal
(aumento do perímetro abdominal), hipertrigliceridémia (triglicéridos � 150 mg/
dl ou terapêutica especifica), colesterol-HDL baixo (< 40 mg/dl nos homens ou
< 50 mg/dl nas mulheres ou terapêutica especifica), aumento da pressão arterial
(�130/85 mm Hg ou terapêutica especifica) e alterações do metabolismo glicí-
dico (glicémia em jejum � 100 mg/dl ou terapêutica específica). Reconhecendo a
dificuldade em definir os limiares de obesidade abdominal em diferentes etnias
e grupos populacionais (assim como a sua diversa relação com os outros fatores
metabólicos), esta definição considera patamares variáveis de perímetro abdomi-
nal consoante a etnia (nos caucasianos pode-se considerar como significativo um
perímetro abdominal 102 cm nos homens e a 88 cm nas mulheres, apesar
dos valores mais baixos sugeridos pela
International Diabetes Federation
) e valoriza
também a importância da avaliação adicional de parâmetros inflamatórios e pró-
trombóticos.
Relativamente à obesidade, o Índice de Massa Corporal (IMC) – que rela-
ciona a massa corporal com a altura de um indivíduo, dividindo o peso (kg) pelo
quadrado da altura em metros - é a forma mais simples de avaliação, embora
apresente algumas limitações, ao não diferenciar a massa gorda da não gorda, mas
continua a ser a forma de avaliação mais generalizada e objetiva
21
. Um IMC entre
25 e 30 kg/m
2
é considerado excesso de peso. Acima dos 30 kg/m
2
, é considerada
a presença de obesidade, com vários níveis de gravidade. Alguns autores consi-
deram mais adequado o perímetro abdominal, dada a sua maior correlação com
a gordura abdominal, metabolicamente mais ativa e, consequentemente, mais
deletéria
21
. Existem, contudo, alguns problemas técnicos que podem aumentar a
variabilidade desta medição, reduzindo a sua reprodutibilidade. Algumas técnicas
imagiológicas são também úteis, mas a sua disponibilidade, custo e problemas
relacionados com radiações limitam a sua aplicação generalizada
22
.
De uma maneira geral, o tratamento da obesidade e da SM passa por uma
modificação profunda dos estilos de vida
1,23
. É fundamental um equilíbrio entre o